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Seychelles a dois

20/07/2020
Os passeios de barco entre as ilhas são imperdíveis
A variada gastronomia seychellois

Constance Zahn. Especial para a Teresa Perez.


Te desafio a encontrar alguém que tenha ido a Seychelles e não tenha amado! Fiquei completamente apaixonada pelo destino e ansiosa para retornar em breve. Afinal, cinco dias não foram suficientes para descobrir todas as belezas desse arquipélago, que é um verdadeiro tesouro do Oceano Índico, onde o sol brilha praticamente o ano inteiro.

Nossa experiência começou já no trajeto entre Mahé (ilha principal, em que fica o aeroporto internacional) e o nosso hotel. Como a viagem do Brasil a Seychelles é um tanto longa, decidimos pegar o helicóptero que, em apenas 15 minutos, nos levou ao Six Senses Zil Pasyon. É mais caro que o traslado de barco, mas valeu imensamente. A vista lá de cima, do dégradé de azul do mar, é de tirar o fôlego! Nosso hotel foi uma bela surpresa! Único empreendimento na ilha Felicité, nos deu toda a privacidade que buscávamos. Mas, por estarmos bem próximos de La Digue e Praslin (as duas principais ilhas, depois de Mahé) e de outras ilhotas inabitadas e lindas de se visitar, não nos sentimos totalmente isolados. Da nossa vila incrustada em meio às rochas arredondadas de granito, típicas da região, pudemos assistir ao nascer da lua cheia, iluminando o mar.

 

Mais romântico, impossível! Muito se fala da exclusividade de Seychelles. 

Claro, ter poucos hotéis significa menos turistas, o que nos dias de hoje é luxo absoluto mesmo! Mas é a natureza muito bem preservada que arrebata corações. As praias mais famosas são Anse Source  d’Argent, em La Digue, e Anse Lazio, em Praslin, mas é difícil eleger a mais bonita. Fizemos passeios de  barco por Petite e Grande Soeur, Coco Island e Marianne, que me deixaram igualmente boquiaberta. E o melhor de tudo: éramos os únicos por aquelas bandas! O que ainda quero visitar na próxima vez: a reserva Vallée de Mai, de onde vem o curioso coco de mer, e o Atol de Aldabra, o segundo maior atol de corais do mundo. Ambos patrimônios da Unesco.

A cozinha seychellois, com influências africana, chinesa, francesa, inglesa e indiana, foi outra grata surpresa! Pratos extremamente frescos, com muitos peixes e frutos do mar combinados a abacates, mangas, bananas e outras frutas, ervas e molhos cítricos… Enfim, não sou crítica gastronômica, mas posso dizer que provamos da culinária local todos os dias e não me cansei por um minuto dos sabores! Além do maravilhoso restaurante Ocean Kitchen do nosso hotel (que pode ser reservado por  não-hóspedes), tivemos um almoço delicioso no Le Domaine de L’Orangeraie, em La Digue.  

Em relação às pessoas, pura simpatia! Genuinamente amáveis, os seychelenses esbanjam alegria de viver. Orgulhosos de seu país, sabem o valor da vida simples conectada à natureza. O marinheiro que nos levou para passear contou que havia abandonado Mahé por uma ilha menor, pois não queria mais tanto agito. A busca dele por tranquilidade e, acredite, qualidade de vida, me passou uma calma…! Um dia, conversando com um francês radicado no país, ele disse que as pessoas em Seychelles não tinham grandes ambições, se contentavam com  pouco, provavelmente pela herança comunista. Bom, eu discordo. Acho que eles se contentam com muito! Com toda aquela riqueza natural, sinceramente, quem precisa de mais?

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